Área do cabeçalho
gov.br
Portal da UFC Acesso a informação da UFC Ouvidoria Conteúdo disponível em: Português

Universidade Federal do Ceará
Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas

Área do conteúdo

Série Pioneiras: Mary Somerville, uma gigante da divulgação científica

Data de publicação: 25 de maio de 2022. Categoria: Destaques, Notícias

Texto de autoria do professor Antonio Gomes Souza Filho

Foto: BBC Brasil

É incrível a história dessa escocesa que superou todas as dificuldades para estudar e aprender o que “não era correto” para uma mulher que nasceu em 1780. Ela se apaixonou por ciência quando viu números e letras misturados em uma revista de moda. Ela quis estudar álgebra; mas sua atitude não foi bem vista. Ela deveria se dedicar apenas a fazer as coisas corretas para ela, tais como tocar piano, pintar e arrumar roupas. Ela fazia tudo isso, mas estudava álgebra a noite antes de dormir, usando um livro “Euclides” que fora adquirido implorando ao tutor do irmão.

Foram muitas as dificuldades para o acesso de Mary à ciência; tiraram a vela do quarto para ela não estudar a noite; arranjaram o primeiro casamento com alguém que dizia que as mulheres tinham baixa capacidade intelectual. Mary também perdeu um filho ainda jovem. No segundo casamento, recebeu um grande apoio do marido, um médico que via a inteligência e o interesse pela ciência de Mary como algo encantador.

Mary se destacou ganhando uma medalha por resolver um problema de matemática proposto por William Wallace (primeiro professor de matemática da universidade de Edimburgo) e por meio da sua rede de contatos, com apoio do esposo, logo se revelou uma grande divulgadora da ciência com sua capacidade de traduzir para inglês obras clássicas de outras línguas; principalmente do francês, língua que era fluente. Seu profundo conhecimento de matemática permitia entender e explicar de forma clara e acessível a fronteira das ciências, principalmente os avanços na física, química, astronomia e geografia. Mary ficou famosa com seus textos entre especialistas e amantes da ciência e recebeu condecorações e títulos honorários de academias de ciências.

Mary se tornou uma intelectual liberal e fez campanha para as mulheres poderem votar e para que as meninas tivessem uma educação de boa qualidade. Ela venceu o preconceito e as dificuldades. Sua história mostra claramente como o preconceito de gênero (e de qualquer natureza) poderia ter impedido uma vida de grandes realizações. Aqueles e aquelas que não tem a resiliência de Mary são aniquilados. O prejuízo é de toda a humanidade.

Mary por ela mesmo: “Tenho 92 anos, minha memória para eventos comuns é fraca, mas não para experiências matemáticas ou científicas. Ainda sou capaz de ler livros de álgebra superior por quatro ou cinco horas pela manhã e até de resolver problemas “.

Matéria completa no link https://bbc.in/2TfIw63

Acessar Ir para o topo