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Série Pioneiras: Katherine G. Jonhson

Data de publicação: 6 de abril de 2022. Categoria: Destaques, Notícias

Texto de autoria do professor Antonio Gomes Souza Filho

Katherine integrou, nos meados do século passado, o grupo de matemáticas negras da agência espacial americana (hoje NASA). As mulheres matemáticas negras sofriam dupla segregação na instituição; trabalhavam separadas dos homens (por serem mulheres) e separadas das mulheres brancas (por serem negras). As mulheres brancas também ficavam separadas dos homens. 

Jonhson e sua equipe eram chamadas de “digitadoras”, quando de fato elas faziam cálculos complexos usando cálculo, geometria, e alguns computadores que ainda eram precários naquela época. O legado delas foi calcular com precisão as órbitas para colocar o homem na lua e trazê-lo de volta à terra. A qualidade do cálculo que elas fizeram foi tal que cunhou uma expressão utilizada tempos depois da conquista espacial; “os computadores usavam saias”. 

“Katherine G. Johnson se recusou a ser limitada pelas expectativas da sociedade em relação a seu gênero e sua raça, enquanto expandia os limites que a humanidade pode alcançar”, disse o Presidente Obama quando a condecorou com a maior honraria que um civil Americano pode receber, a Medalha Presidencial da Liberdade. 

A história de Jonhson e suas colegas nos lembram como ações reparadoras e simbólicas do estado são importantes para que a história passe a ser conhecida pelas futuras gerações de maneira mais fidedigna; sem esconder os personagens dos grupos invisíveis à época. A atitude do presidente Obama premiando Jonhson deu visibilidade ao pioneirismo dessas mulheres e estimulou a produção do filme “Hidden Figures (Estrelas além do Tempo)” baseado no livro com mesmo nome (o livro é muito bom!) e que popularizou esse capítulo das viagens espaciais por uma perspectiva pouco conhecida; principalmente as contribuições fundamentais dadas pelas mulheres para realizar essa proeza.

Ela viveu 101 anos com pioneirismo. Trabalhou duro, com dedicação e amor ao que fazia; não ancorou desculpas pelo fato de ser mulher e negra para sentir-se inferior e não fazer, tampouco usou sua habilidade diferenciada para se julgar superior aos demais. Ela costumava dizer repetidamente nas entrevistas; “fiz apenas o meu trabalho”. Katherine deixou a terra em 24 de fevereiro de 2020 (dia histórico em que as mulheres brasileiras conquistaram o direito de votarem e serem votadas em 1932) deixando a lição típica das pioneiras; viver para transformar o presente e inspirar o futuro!

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